sexta-feira, 19 de março de 2010
Hiperatividade prejudica convívio de crianças em idade escolar
Transtorno associado a agitação excessiva em menores pode ser danoso durante a fase de aprendizado
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerado pelos especialistas como sendo mais um distúrbio do comportamento que atinge crianças e jovens e é um tema atual nas escolas.
O mal pode se manifestar a partir dos 5 anos de idade podendo persistir até a adolescência. “Existem casos em que o TDAH vai até a fase adulta, se não for tratada desde cedo”, esclarece o psiquiatra Sandro Soares.
O médico explica que a hiperatividade, com perda de atenção, é comum em toda criança, mas no déficit de atenção a coisa se torna exagerada. “A criança não consegue ficar quieta nem prestar atenção às atividades escolares”.
O TDAH pode provocar atrasos e problemas de relacionamento em casa e na escola com as outras crianças de sua idade, por conta do comportamento sempre agitado.
“Com receios de atritos, o portador de TDAH passa a ser evitada pelas demais crianças”, diz doutor Sandro Soares. O especialista acrescenta que o Transtorno pode ser manifestar por múltiplos razões.
“Nunca é desencadeado apenas por um único fator”, destaca o médico. Em geral é um conjunto de fatores – genéticos, biológicos, provocado por substancias cerebrais alteradas, além do próprio ambiente em que vive.
“Criança tem de brincar, gritar, de ser agitada mesmo, mas isso tudo tem um limite”, conta. Doutor Sandro Soares ressalta que os educadores têm um papel importante no diagnostico da criança com TDAH. “Devido o contato diário na escola, os professores são os primeiros a identificar os casos de hiperatividade”, acrescenta.
Distúrbio que pode levar jovens ao uso de drogas tem tratamento
O TDAH interfere na atenção e no convívio, mas a medicina já tem conhecimento de que o problema acarreta outros danos futuros à criança com distúrbio.
“O transtorno merece tratamento por que já se sabe que crianças com esse distúrbio têm a tendência de no começa da idade adulta se tornarem usuárias de drogas”, alerta doutor Sandro Soares.
O especialista atenta para a necessidade de se iniciar o tratamento a base de drogas medicamentosas tão logo se detecte o excesso de hiperatividade.
O tratamento é caro e feito à base de Metilfenidato – Ritalina, um estimulante do sistema nervoso que, ao contrário do que se pensa, controla a hiperatividade e melhora a atenção da criança.
Doutor Sandro Soares observa que o tratamento é acompanhado de psicoterapia, que ajuda a criança a moldar melhor o comportamento hiperativo ainda existente. O tratamento dura de oito meses a um ano.
“Com a retirada gradual do medicamento vai se percebendo como essa criança se comportará, sendo que há casos em que o tratamento tem de se prolongar por um tempo maior devido as inquietações”, enfatiza.
O médico conta que as vezes o medicamento é associado a outras drogas. Sandro Soares destaca que o TDAH pode surgir apenas com predomínio de déficit de atenção.
Em todo caso, o tratamento pode ser parcialmente feito pela rede pública de saúde. A parte psicoterapéutico, que ajudam a conter a hiperatividade.
“O SUS não fornece o medicamento mais usado no tratamento”, diz o especialista. Quanto ao tratamento, pode ser feito em clínica particular ou CAPS – Centro de Apoio Psicossocial, com acompanhamento profissionais.
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Esse site me ajudou muito,tenho sofrido com o comportamento de meu filho de 5 anos. Foi esclarecedor e sei tirei boas conclusões.
ResponderExcluirObrigada